PURNIMA EM GOVARDHANA
Govardhana fica a vinte e sete quilômetros da cidade de Vrindávana. Bem ao pé da colina, próximo à vila de Govardhana, encontra-se o Bhaktivedanta Ashrama. Esse ashrama foi fundado pelo falecido sannyasi Tamal Krishna Gosvami, um dos devotos mais importantes na missão de Srila Prabhupada. Atualmente é liderado por Keshava Bharati Swami. É uma construção antiga que foi totalmente reformada. Era a residência de férias de um dos reis do Rajastan. As paredes tem quase um metro de espessura! Tem muitos terraços dos quais podemos ter um fantástico darshana (visão) de Giri-Govardhan. O ashrama dá abrigo aos devotos que querem passar alguns dias na atmosfera de Govardhana. É destinado à meditação, ao ouvir e cantar.
(foto 01) Bhaktivedanta Ashrama
(foto 02) Os dois irmãozinhos divinos Sri Sri Krishna-Balarama são adorados no pequeno, mas belo templo do Bhaktivedanta Ashrama na forma transcendental das pedras da colina. Krishna é uma Govardhana shila mais escura e Balarama, mais clara.
(foto 03) Essa é uma das vistas (darshana) que podemos ter da colina de Govardhana dos terraços do Bhaktivedanta Ashrama. No alto da colina vemos um antigo templo, atualmente desativado, chamado Dana Raya. Dana quer dizer taxa, imposto ou pedágio. Nessa área Krishna costumava cobrar pedágio das gopis que passavam pelo local. O pagamento era na base de doces de leite: burfis, sandesh, rasagulas, gulabjans, etc. A rua que passa em frente da colina é parte do Parikrama Marga, o percursso de 22 quilometros que circunda a colina.
(foto 04) Todos os dias, depois do Goura aratik no templo, é feito um aratik para a colina sagrada de Govardhana.
(foto 5) Govardhana é o lugar mais sagrado para os devotos de Krishna. Tantos passatempos de Krishna ocorreram nesse local! Aos sete anos de idade, Krishna manteve a colina no alto, por sete dias, apoiada simplesmente no Seu dedo mindinho de lótus. A colina funcionou como um gigantesco guarda-chuva que protegeu os Vrajavasis do aguaceiro devastador enviado pelo orgulhoso Indra. Govardhana tem dupla identidade: 1) O melhor devoto de Krishna (hantayam adrir abal hari-dasa-varyo _“De todos os devotos do Senhor Hari, Govardhana é o melhor”, Srimad-Bhagavatam 10,21.18) e 2) O próprio Senhor Krishna. A Govardhana shila, pedra da colina, é tão adorável como o próprio Senhor Krishna.
(foto 06) Estivemos em Govardhana justo na época do Purnima. Purnima significa “lua cheia” e acontece uma vez por mês. É considerado o período mais auspicioso para se fazer o parikrama. Três dias antes do Purnima começam aparecer multidões vindas de todas as direções. Pessoas de todas as classes sociais. São milhares e milhares de pessoas. Não dá para calcular os números. É gente que não acaba mais. Na foto, vemos a vila de Govardhana lotada de gente.
(foto 07) Esse é o padrão do parikrama: pé no chão e alto astral. Sempre com muito entusiasmo para cantar os santos nomes: Hare Krishna!, Jay Sri Krishna!, Radhe, Radhe!, (o mais popular), Radhe-Shyam!, Giriraj Maharaj ki jay!, Haribol! Jay Nitai-Gour! e assim por diante.
(foto 08) No circuito do parikrama, passa-se pelo Uddhava kunda. Kunda é um pequeno lago. Esse kunda é em homenagem a Sri Uddhava, o íntimo amigo de Krishna de Dvarka, que trouxe para Vrindávana a carta escrita por Krishna para a gopis. Uddhava entendeu completamente que não existe ninguém que tenha tanto amor por Krishna que as gopis. Ele se rendeu a essa devoção pura. O Uddhava kunda tem um templinho com belas deidades de Radha e Krishna.
(foto 09) As deidades de Radha e Krishna do Uddhava kunda chamam-se Sri Sri Radha-Uddhava-vihari.
(foto 10) Não tem hora para começar ou terminar o parikrama. Uns começam cedo pela manhã, e outros entram pela noite adentro. Mesmo durante a madrugada, os caminhos do parikrama estão lotados.
(foto 11) O parikrama de Govardhana no Purnima é a época auspiciosa para colher punya, as reações de bom karma material. Nada mais efetivo para investir no karma material pessoal do que dar esmolas em dias auspiciosos. Aqui vemos claramente o emprego da lei de Economia da “oferta e procura”.
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