VARSHANA, a Terra de SRIMATI RADHARANI
Srimati Radhika apareceu nesse mundo numa vila chamada Raval, que fica ao sul de Mathura, perto de Gokula. Quando Krishna ainda era uma criancinha, Nanda Maharaja resolveu mudar-se de Gokula, que é parte da floresta Mahavana, e estabelecer-se ao norte de Govardhana, na floresta de Vrindavana. Esse local passou-se a chamar Nandagrama. Assim que isso ocorreu Vrishabhanu Maharaja, pai de Radharani, mudou-se de Raval e estabeleceu-se em Varshana, a uns dez quilômetros de Nandagrama. A mãe de Radharani chama-se Kirtidá Devi; Sua irmã, Ananga Manjari e Seu irmão, Sridhama Sakha. Em Varshana, tudo lembra Srimati Radharani. É uma dos lugares de peregrinação preferidos dos Gaudiyas Vaishnavas, seguidores de Sri Caitanya Mahaprabhu, e também de outras linhas Vaishnavas que adoram Sri Sri Radha-Krishna.
(foto 01) Srimati Radharani é a personificação de Maha-bhava, o mais intenso sentimento de amor por Krishna. Não podemos pensar em Radharani sem considerar a intensidade de Seu amor por Krishna em separação e saudade. “Um mero instante de separação de Govinda parece como se fossem yugas”, dizia Sri Caitanya Mahaprabhu, que, embora seja a manifestação do próprio Senhor Krishna, viveu os mais íntimos êxtases devocionais de maha-bhava sentidos por Srimati Radharani.
(foto 02) Uma vista parcial da vila de Varshana.
(foto 03) Em nossa visitação aos locais de peregrinação em Varshana, nos deparamos com esse grupo de crianças de uma escola pública da periferia da vila a cantar canções devocionais glorificando Radha e Krishna. Dava gosto de ver os meninos e meninas tão compenetrados e comportados a cantar canções devocionais tão belas...
(foto 4) Esse lugar aqui chama-se Sankari Khor. É uma estreita passagem, que dá para passar somente uma pessoa de cada vez. Sankari Khor liga uma vila chamada Citsauli à vila de Varshana. Essa vila Ciksauli é o local de nascimento de Citra Devi, uma das ashta-sakhis, uma das oito gopis mais íntimas de Krishna. Assim como no Dana ghati de Govardhana, o Senhor Krishna, juntamente com Seus amiguinhos, costumavam executar o passatempo de cobrar pedágio das gopis. Sankari Khor era um local ideal para isso.
(foto 05) Krishna e as gopis em plena negociação sobre a questão do pagamento do pedágio. Parece que não havia tal coisa como preço fixo...
(foto 06) No alto da colina vemos o Mana Mandir. Mana, aqui, não significa “mente”. Mana é um dos estágios de madhurya-prema, prema na rasa conjugal. Ele ocorre quando, em meio aos relacionamentos amorosos, surgem briguinhas e birras, por ciúmes, mal-entendidos, implicância, etc. Quem nunca ouviu um “ Tô de mal contigo”? Assim, coisas desse tipo... Mas, acontece que, em se tratando do Casalzinho Supremo, esses jogos amorosos, aparentemente triviais, tem muitíssimo mais importância que todo os mais solenes hinos e mantras védicos juntos.
(foto 07) Vrinda Devi esforça-se por conseguir uma reconciliação. Quando isso acontece, prema intensifica-se ilimitadamente. Graças a Sri Caitanya Mahaprabhu e aos Gosvamis de Vrindavana, esses passatempos confidenciais de Radha e Krishna, que são puramente espirituais, podem ser apreciados por nós. Essa meditação purifica a nossa existência e nos atrai a Krishna.
(foto 08) O belo altar de Sri Sri Radha-Krishna no Mana Mandir.
(foto 09) Esse é o majestoso Sriji Mandir, que domina toda a paisagem de Varshana. Esse templo atrai milhares e milhares de devotos. É a atração central de Varshana. O templo é dirigido pelos devotos da sampradaya Vaishnava de Vallabhacarya.
(foto 10) Sri Sri Radha-Krishna do Sriji Mandir. Essa é uma foto rara, pois “Ai de quem for pego ali tirando fotos das deidades!!...”
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